sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Rosas solitárias

Entre meus pensamentos, vem a tua imagem
Fecho os olhos, adentro a tua alma
Sinto-te por inteira dentro de mim.

Penetro em tua pele
Chego a sentir teu sabor
As lembranças vêm como tormento
A castigar-me neste sonho infinito
De ter-te em meu leito.

Acordo, corro para a varanda
Lá está o mar a saudar-me...

Grito por teu nome
A brisa responde-me com teu cheiro
Saio sem destino à procura de ti
A cada alameda
A esperança renasce em encontrar-te.

Sem destino, como peregrino solitário
Percorro, adentro a becos e sem medo
Do escuro e de nada, te procuro...

Vou ao encontro dos oceanos
Entre as areias alvas
Passo a procurar-te...

Vem a noite por fim
Senhora impiedosa a mostrar-me
Que mais um dia se foi...

E de ti agora só tenho as lembranças doces
Do maior amor vivido
A essência da luz
Que vive as linhas
Em que escrevi hoje um livro
De paixão e sedução
Mas também de nostalgia e dor...

Adentra a minha alma a esperança
De ser amado novamente por igual anjo
A esperança me faz continuar
A luta nesta terra que, por vezes
Tira-me o encanto, mas não mata as saudades.

Agora, me volto a nosso recanto
E deparo-me enfim com as rosas
Na mesa brancas como sempre
Afinal, terias sido tu a deixá-las
Ou elas são mais fortes que o tempo
Resistem a tudo
Pois simbolizam o meu amor por ti
Bem, lá estão eu e elas, agora
Só nós à tua espera...

Paulo Nunes Junior

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