domingo, 16 de outubro de 2011

Soneto da longevidade

Nenhum espelho nos dirá que envelhecemos
Porque em nós arderá a chama da mocidade
Só quem viveu amor igual ao que vivemos
Entenderá porque isso tudo é uma verdade.

Somente o amor conserva em fogo eterno
A esperança que justifica a longa espera
É como a planta que fica seca no inverno
E reaparece com mais vigor na primavera.

Quando voltar, quero ver-te ainda mais bela
Do que pareces aos meus olhos neste instante
Régia manhã de luz diáfana resplandecente.

Eu te amarei muito mais do que amei aquela
Que já foi mais que mulher por ser amante
E desde então jamais saiu da minha mente.

João Anatalino Rodrigues

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