quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Salgueiro triste

Olho com avidez o sol
Danço na escuridão
E, abraçando a negritude da noite, busco a luz.

Noite, mostre-se!
Traga teu fogo, pois vago no teu desejo
Traga-me tua carne pois anseio pelos beijos
Que sorvem a liquidez de minh´alma.

Estou debaixo das asas do salgueiro
Salgueiro triste e chorão
Nos teus galhos balancei a alegria
De minha meninice
Sonhava e sorria
Hoje, me embala a nostalgia...

O poeta pode ser perigoso
Perigoso e imprevisivel
Pois ele pode chocar
Como uma forte tempestade
Ou pode chorar como um salgueiro triste!

Delasnieve Daspet

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