quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lamento cigano

Aqui estou, resultante
Do barulho intenso da vida
Vida que percorri por longos caminhos
Por colinas e vales vi a hipocrisia passar...
.
Encolhi-me. Me fechei. Me guardei
Na busca, na entrega, em paz
Ao puro pensamento
Cujo nome é oração!
.
Agradeço, olhando o infinito
Os momentos que desfrutamos...
Não precisamos nos dizer adeus
Pois vivemos na mente um do outro.
.
Mas eu tinha de partir...
Não podia ficar!
Desculpe ter ido embora
Mas, ao teu lado, me partia em pedaços
Tive de fugir!
.
Fugi para não voltar...
E o lamento que ouves,
É o choro da cigana andarilha
Nas noites enluaradas, no encontro de almas
No plano terrestre e no plano astral
Vejo e sinto o teu olhar
Que perfuma a saudade do caminhar!

Delasnieve Daspet - Campo Grande/MS

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