sábado, 8 de outubro de 2011

A Chuva

Existem várias maneiras de contemplar a chuva
A maneira mais bela é a do poeta
O poeta não enxerga ali as nuvens carregadas
Nem as enxurradas enlameadas.

Mas vê milhares de flores que em breve irão desabrochar
Colorindo os campos e enchendo-os de perfume
Assim são as chuvas que caem sobre nós
E que parecem além de nossa capacidade de suportar
A chuva do desapontamento, da falsidade,
Da destruição de nossos planos,
Das grandes decepções, fazendo o coração temer
E estremecer de tanto sofrimento.

As nuvens escuras que pairam sobre nós
Trazem consigo chuvas de bênçãos
Quando cessarem trarão para nós
As flores do enriquecimento do espírito
Experimentaremos fragrâncias e belezas
Que nunca havíamos conhecido
Coisas que não imaginávamos possível
Antes que estas águas caíssem sobre nós.

É certo que sempre veremos as nuvens e as águas que delas caem,
Mas precisamos enxergar as flores, antever seu desabrochar
E as fragrâncias que virão com elas.

Esta chuva vai abrandar nossos corações,
Vai nos preparar para o ressurgir do sol,
Vai nos lembrar que precisamos ter entre nossos sentimentos,
A serenidade para ver o cair da chuva
E a conseqüente compaixão por outros
Que são açoitados pelas águas por falta de entendimento.

Não tiremos daí lições de aflição,
Mas da brandura vindoura, de compaixão, paciência,
Serenidade, amor, da esperança divina;
E, mil outras flores e frutos que nascem de nossa fé em Deus.
Sê como o poeta e durante a chuva, enxergue as flores.

Candy Saad

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