sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sou libélula

Sou uma libélula livre do casulo. Alcanço voo fugindo da escuridão...

Tenho asas frágeis e transparentes... que explodem em energia.

Sou magia... mistério... e fascinação.

Minhas asas enfraquecem o peso da realidade...

Possuo alma mística e compaixão.

Sou a comunicação com o mundo transcendental...

Tenho a leveza impregnada em minha composição...

Na boca da noite, sou atraída pelo fictício brilho da luminosidade...

E na busca incansável da imortalidade... debato-me em chamas agonizantes.

Carrego nas asas... estigmas de uma lenda...

De um passado distante, em que um dia fui dragão...

Espargindo luz com meu hálito de fogo...

Hoje... sou apenas mulher... que chora de saudade...

Vou em busca da comunicação, onde possa haver intimidade... cumplicidade...

E transformação...

Autora: Márcia Portella

2 comentários:

  1. Apesar da imagem acima ser de uma borboleta, o poema da Márcia Portella que vc postou é verdadeiramente primoroso! Tudo a ver comigo. Obrigada por compartilhar. Abçs

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