sábado, 5 de novembro de 2011

Mas... é a realidade!

Guardo nas gavetas desabitadas
De meu corpo, fatos, atos e desafetos
Ocorrências, sapiências, desobediências
Perdas acumuladas de sonhos não realizados
Neste viver transitório....
.
E daí?!
Tanto faz como fez...
Mas preciso encarar a realidade
Reconhecendo a transitoriedade
De tudo que se vive!
.
Se navego no infinito
Se a mente divaga
Se... enfim, é problema meu...
Tenho de apreciar o nó que criei
E que me contorna....
.
Meu olhar, lava-se em mares salgados
Busca interagir com o que existe ao redor...
As mãos, pequenas mãos, amoldam a argamassa
Da construção por acabar!
.
Mas meus anseios..... ah! estes!
Buscam o eterno no provisório
Do encantamento que trago tatuado
N´alma peregrina!
.
Na (in)consciência do que é
Ou do que não é, talvez - do que não poderia ser...
Não marca o tempo o relógio
Na efemeridade do momento!
.
Privilégios nos empolgam
Sucesso alivia a tensão e ajeita o ego...
Desigualdades nos aviltam...
Mas é a realidade - essa crueza que nos observa
É quem nos faz compreender - a coerência do caminhar!

Delasnieve Daspet

Nenhum comentário:

Postar um comentário