quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Soneto da cumplicidade

Na noite em que entrastes para a minha vida
E me entregastes por livre escolha, o coração
Minha alma ficou como uma casa revolvida
Entre o intervalo do espanto e da admiração.

Puxei-te o verbo com saca-rolhas de carinhos
E te soube inteira; alma, corpo, as convicções
E entre beijos e algumas taças de bom vinho
Em tua boca descobri a origem dos vulcões.

Me atingiste feito um lampejo de energia
Como um clarão desafiando a noite escura
E foi tudo assim, só emoção e cumplicidade.

Eu que, tedioso, estava doente de letargia
Bebi em teus lábios o meu bálsamo de cura
E desde então tenho o elixir da eternidade.

João Anatalino Rodrigues

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