quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pingo d’água

Pode observar um pingo d'água? Sutileza e beleza!
Coisa simples e singela... Uma molécula... Um nada
A luz do sol o beija com brandura penetrante
Transformando-o numa gota diamante

Pode observar um pingo d'água? Numa face jovial
Olhos marejados de lágrimas, um pedacinho da alma
Refletindo a saudade, sem dor
Em uma esfera incolor, anestesia do amor!

Ele nasce aos pouquinhos, no cantinho da flor
Na candura do olhar... No marejar
Teimosa... Cândida... Cai num piscar!

Ele nasce na relva, na boca da noite
No salpicar das chuvas ou à luz das estrelas
Esconde-se dentro de mim e de ti e se revela no olhar.

Pedro Luiz Almeida

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