quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O amor

Olhando a vida se esvair ele desejou viver
mais do que era possível... muito além do seu poder.
A doce menina lhe mostrou quão nula é a imortalidade:

"De que me adianta ter asas se não posso sentir o vento no meu rosto?"

Entretanto, alguém lhe diz:
"Sempre haverá uma primavera e o rio volta ao seu curso quando as geleiras derretem."

...então nós podemos tudo graças à grande dádiva do Universo: O livre arbítrio!

O amor começa a sua luta...
precisa unir dois corações, para que a união se realize...
é preciso ferir, sangrar...
deixar correr a seiva da vida que ele não tinha em suas veias...

Enquanto o mundo leiloa a alma pela imortalidade
um, apenas um enuncia convicto:
"- Eu desistiria da eternidade para tocá-la...
Ela é o mais perto que eu posso chegar do céu."

Amor!.. Amor!... Amor!...
Quem ousa não crer?
Quem ousaria dizer que ele não existe?

E o anjo se faz homem...
alegra-se nas tristezas do homem; realiza-se em suas frustrações
na violência que permeia o mundo apenas para ser amado.

O seu amor foi eterno por um dia
mas para sempre imortal dada a intensidade com que existiu.

Ao vê-la partir, sem poder impedir restou apenas a certeza:

"Eu prefiro tê-la tocado uma vez ter sentido seu cabelo uma vez
tê-la beijado uma vez... do que uma eternidade sem isso."

Assim é o amor!
No mundo dos homens...
ou na Cidade Dos Anjos...

da Ciranda dos Poetas

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