Todos os anos comemoramos No dia 25 de dezembro o nascimento de Jesus, Que veio ao mundo nos ensinar a amar. . Todos sabemos que, na verdade, Ele não nasceu nesse dia, Apenas uma data provável. Afinal, quando nasceu Jesus? . Para Francisco de Assis, Jesus nasceu quando despojou-se de tudo Para segui-lo, em Assis. . Para Pedro, Ele nasceu – quando o galo cantou, Pela terceira vez! . Para Lázaro quando O ouviu chamar: “Levanta, e vem para fora!” . Para Saulo – no caminho de Damasco, Quando O ouviu interpelá-lo: “Saulo, Saulo – por que me persegues?” . Para mim, Jesus nasceu e nasce todos os dias e horas. Quando criança – no amor de meus pais e de minha irmã; Quando meu olhar se perdia, embevecida, Nas curvas do Rio Tereré; Nos gorjeios dos pássaros, pela manhã, No Rancho Alegre, lá em Porto Murtinho De minha meninice. . No vôo rasante das aves de rapina, Na manada de caititus, Na onça pintada, sempre à espreita, No mugido das vacas no mangueiro, Dos peixes de nossos rios de águas límpidas, Nos cerrados do Pantanal. . Quando a chuva tamborila e renova a terra; Quando o sol nasce e se põe entremeado pela lua, Quando o vento sul limpa o céu Que se anila de alegria. . No amor terno e eterno que vivencio; Quando segurei em meus braços, Pela primeira vez, os meus filhos; Nos meus pequenos animais, Nas crianças que escolhi acompanhar. . Nos amigos ternos e fieis, Que tenho pelo mundo, No carinho que recebo de pessoas que nem conheço; No sorriso triste do faminto, Nos abandonados de toda sorte, Nas mãos estendidas, Na velhice solitária. . Nos que tem fome de atenção, De uma palavra terna e amiga; No sorriso de uma criança... Em todos esses momentos, Jesus nasceu! . Nasce todas as horas, Quando – em versos – canto a minha poesia, Exerço a faculdade da escolha, . Diariamente, tenho oportunidade, De vivenciar o Seu nascimento; E, é nesses momentos que se cumpre A promessa de um novo tempo!
Desnudei o pré-conceito Vesti o que a meu ver é o direito Desatei as amarras da minha vida Peguei o leme da minha biografia Caminhei pela rua Envolta em véus Regada pela lua Vi surgir meus passos Selecionando as pedras Onde o pisar firme Podem alcançar objetivos Ainda que sofridos pelo tempo perdido Mas livres dos atropelos Aguardando o sol Que vem surgindo No horizonte não mais longínquo Esperando as vestes De braços fortes Coração ardente Em redigir uma nova página De um anjo chamado mulher Edificando Nua em Poesia!
Desejo que neste Natal, antes de você perceber Jesus nas luzinhas que piscam pela cidade, você O encontre primeiramente em seu coração. E, à frente de qualquer palavra que expresse seu desejo de um feliz Natal, O encontre em suas ações.
Que você O encontre não só na alegria que sente ao sair das lojas com presentes para as pessoas que você ama, mas também na feição triste da criança abandonada nas ruas, na qual muitas vezes você esbarra apressadamente.
Que você encontre Jesus no momento em que pegar nas mãozinhas delicadas de seu filho, lembrando-se das mãozinhas pedintes, quase sempre sujas de calçada, que só sabem o que significa rudeza.
Que você O encontre no abraço de um amigo, lembrando-se dos tantos que só têm a solidão como companheira.
Que você O encontre na feição do idoso da sua família, lembrando-se daqueles que tanto deram de si a alguém, e hoje são esquecidos até pela sociedade.
Que você O encontre na lembrança suave e sempre viva daquela pessoa querida que já não está mais fisicamente ao seu lado, lembrando-se daqueles que já nem se recordam mais quem foram, enfraquecidos pelo vazio de suas vidas.
Que você encontre Jesus na bênção de sua mesa farta e no aconchego de sua família, lembrando-se daqueles que mal alimentam-se do pão e sequer um lar têm.
Que você O encontre não apenas no presente que troca, mas principalmente na vida que Ele lhe deu como presente.
Que você lembre-se, então, de agradecer por ser uma pessoa privilegiada em meio a um mundo tão contraditório!
Que você também encontre Jesus à meia- noite do dia 31 e sinta o mistério grandioso da vida, que renasce junto com cada ano.
Então festeje... festeje o ano que acabou não apenas como dias que se passaram, e sim como mais um trecho percorrido na estrada da sua vida!
Festeje a alegria que lhe extasiou e a dor que lhe fez crescer!
Festeje pelo bem que foi capaz de fazer e pelo mal que foi capaz de superar!
Festeje o prazer de cada conquista e o aprendizado de cada derrota!
Festeje por estar aqui!
Festeje a esperança no ano que se inicia, no amanhã!
Festeje a vida!
Abra os braços do coração para receber os sonhos e expectativas do ano novo.
Rodopie... jogue fora o medo, sinta a vida!...
Sonhe, busque, espere... ame e reame!
Deixe sua alma voar alto... pegar carona com os fogos coloridos.
Mentalize seus desejos mais íntimos e acredite: eles também chegarão ao céu.
Irão se misturar às estrelas, irão penetrar no Universo e voltarão cheios de energia para tornarem-se reais.
Basta você querer de verdade, ter fé e nunca, NUNCA desistir deles!
E que seu ano novo seja, então, plenificado de bênçãos e realizações.
Agradeço, alma irmã, por tudo o que me deste, O auxílio fraternal, generoso e sem preço, O teto, o lume, o prato, o reconforto, a veste, Tudo isso agradeço....
Sobretudo, alma boa, Deus te compense o coração amigo, Por teu olhar de paz que me alenta e abençoa Na estrada em que prossigo.
Viste-me em solidão, Esperança caída sem ninguém... Deste-me apoio com teu braço irmão E ergui-me de alma nova para o bem!....
Não há palavra com que te defina O reconhecimento que me invade, Ao sentir-te no amparo a presença divina Da Celeste Bondade.
Deus te guarde no excelso resplendor Da luz com que me aqueces todo o ser, Porque me refizeste a certeza do amor, A benção de servir e a força de viver.
Vai, se tens que ir. Busca por teus sonhos, Por outro amor, Outro sentir. Busca novas aventuras, Novos desejos. Busque esse novo prazer, Com quem quiseres. Está livre para seguir, Como quiseres, Busque o infinito de teu ser, Outra filosofia para viver, Até mesmo, Aquele alguém do passado, Que naquele passado, era presente, Era o teu amor intitulado. E, se por acaso te cansares e, Das voltas que a vida dá, E por ventura, teu pensamento Me buscar, Se desejares, volta. Ainda me encontrarás, Serei o teu amor, Que era o teu passado. Mas que era o teu presente, E venceu a saudade, As lágrimas sentidas, A dor da perda, Olhos cansados da procura, Das horas olhando o vazio, E toda forma de sentimento Que tua longa ausência causou. Mas ainda assim, Estarei aqui.
Te procurei pela vida Te procurei pelos bailes Pelos mares... pelos ares...
Te procurei a cada amanhecer Pensei nao te encontrar na rua E fui te procurar na lua... Entre as estrelas te busquei Ah... como eu te procurei.
Te procurei nas feiras livres Quanta esperança eu tive!!! Pelas calçadas eu te buscava Nos rádios e na televisão... Incansável é este meu coração... Te buscar é minha lei... Meu castelo não tem rei... E minha busca jamais irá cessar Até o dia em que eu te encontrar. (Meu anjo eu te encontrei)
Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu: "...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista... Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário. Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: "O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado. Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta.
Amei um dia e outro, não são lembranças apenas, pequenas tolices de ir a lua e sonhar.
Quero-te livre como ondas do meu mar, brilhando como estrela em céu limpo, mudando o sorriso em cada toque, como se nos olhos o amor ficasse.
Tudo seu transforma o dia, modifica meu jeito de viver, sou tantos em um, e um só pra você.
Faz-me escravo de suas loucuras, pede para não mais amá-la, joga minha roupa sobre a cama, vem, deita junto uma ultima vez.
Nenhum sonho é realidade, todas as realidades são sonhos, viver é comer um pedaço de amor a cada carinho depois do beijo.
Deixa-me amar como se fosse amanhã, viver o hoje como se fosse para sempre, sonhar como se você fosse a rainha, e eu a vida, para te dar um sonho eterno.
Me encante da maneira que você quiser, como você souber. Me encante, para que eu possa me dar…
Me encante nos mínimos detalhes. Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso, Gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos, Gesticule quando for preciso. Me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser… Vou fingir que não entendo, Que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos… Me olhe profundo, mas só por um segundo. Depois desvie o seu olhar. Como se o meu olhar, Não tivesse conseguido te encantar…
E então, volte a me fitar. Tão profundamente, que eu fique perdido. Sem saber o que falar…
Me encante com suas palavras… Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres. Me conte segredos, sem medos, E depois me diga o quanto te encantei.
Me encante com serenidade… Mas não se esqueça também, Que tem que ser com simplicidade, Não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma, Sem pressa. Tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com o seu primeiro namorado… Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.
Me encante na calada da madrugada, Na luz do sol ou embaixo da chuva….
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo. Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre… Mas, me encante de verdade, com vontade…
Que depois, eu te confesso que me apaixonei, E prometo te encantar por todos os dias… Pelo resto das nossas vidas!!!
Guardo em uma pequena e delicada caixa A sutil magia do poder voltar o tempo Buscar na lembrança algo que me faça Recordar com carinho cada amado momento
Agradeço este instante em meu peito a forte emoção Trago à memória pessoas queridas as quais em minha vida Como anjos vivos de harmonia não passaram em vão Florindo em meu jardim flores coloridas de alegria
Como é lindo ter o que relembrar Tenho com isso a certeza de tudo que vivido Valeu a pena o suor do seu caminhar E não pode ser por mais singelo esquecido.
Guardo nas gavetas desabitadas De meu corpo, fatos, atos e desafetos Ocorrências, sapiências, desobediências Perdas acumuladas de sonhos não realizados Neste viver transitório.... . E daí?! Tanto faz como fez... Mas preciso encarar a realidade Reconhecendo a transitoriedade De tudo que se vive! . Se navego no infinito Se a mente divaga Se... enfim, é problema meu... Tenho de apreciar o nó que criei E que me contorna.... . Meu olhar, lava-se em mares salgados Busca interagir com o que existe ao redor... As mãos, pequenas mãos, amoldam a argamassa Da construção por acabar! . Mas meus anseios..... ah! estes! Buscam o eterno no provisório Do encantamento que trago tatuado N´alma peregrina! . Na (in)consciência do que é Ou do que não é, talvez - do que não poderia ser... Não marca o tempo o relógio Na efemeridade do momento! . Privilégios nos empolgam Sucesso alivia a tensão e ajeita o ego... Desigualdades nos aviltam... Mas é a realidade - essa crueza que nos observa É quem nos faz compreender - a coerência do caminhar!
Viver... É ousar e acreditar Acreditar nos sonhos e saber Que somos capazes de realizá-los É acreditar no encanto e na magia da Vida E ouvir sempre a voz do coração Pois lá, no santuário do coração Reside o encanto e a magia da Vida!
Viver... É buscar a harmonia de dentro para fora É sentir no coração a emoção da vida É sentir o sol pulsante, o orvalho do amanhecer É sentir as estrelas falando direto ao seu coração É ver e sentir a vida que pulsa em um animal É sentir compaixão pela dor do outro É amenizar o sofrimento daqueles que sofrem.
Viver... É estar com o outro lado a lado e sentir-se feliz por ele estar feliz E na tristeza, levar uma mensagem de amor, fé e esperança Porque na vida o fim não existe. Na verdade quando pensamos que estamos no fim Estamos novamente recomeçando Porque a eternidade simplesmente é: não tem início nem fim.
Viva a vida! Mas não se esqueça que para se viver É preciso sentir.
Então sinta a vida, em toda sua plenitude Através do pulsar do seu coração.
Eu vou tirar do dicionário a palavra você Vou trocá-la em miúdos Mudar meu vocabulário e no seu lugar Vou colocar outro absurdo Vou tirar suas impressões digitais Da minha pele O seu cheiro dos meus lençóis O seu rosto do meu gosto Eu vou tirar você de letra Nem que tenha que inventar Outra gramática Eu vou tirar você de mim Assim que descobrir Com quantos "nãos" se faz um sim Vou tirar o sentimento do meu pensamento Sua imagem e semelhança Vou parar o movimento a qualquer momento Procurar outra lembrança Eu vou tirar Vou limar de vez sua voz dos meus ouvidos Eu vou tirar você e eu de nós O dito pelo não tido Eu vou tirar você de letra Nem que tenha que inventar Outra gramática Eu vou tirar você de mim Assim que descobrir Com quantos "nãos" se faz um sim.
Não, não irei sem grito Minha voz nesse dia subirá E eu me erguerei também Solitária. Definida As portas adormecidas abrirão Passagem para o mundo Meus sonhos, meus fantasmas Meus exércitos derrotados Sacudirão o silêncio de convenção E as máscaras de piedade compungida Dispensarei as rosas, as violetas Os absurdos véus sobre meu rosto Serei eu mesma. Estarei Inteira sobre a mesa As mãos vazias e crispadas Os olhos acordados A boca vincada de amargor.
Não. Não irei sem grito.
Abram as portas adormecidas Levantem as cortinas Abaixem as vozes E as máscaras - Que eu vou sair inteira. Eu mesma. Solitária. Definida.
Se não for amor... só pode ser apelido Algo que ninguém ainda definiu na certa A quem diga ser doído como um castigo Mas faz no apaixonado peito morada eterna
Vem perfumando o ar em versos de poesia Como tudo que é lindo deveria vir Chega de repente como doce magia Para tornar-se valioso e nunca da vida partir
Procura-se por todos os ventos o significado De todo sentir que vem de encontro ao viver Compartilhando em cada respirar tudo ao seu lado É o mais puro AMOR que sinto por você.
Delira entre versos completamente livre; flutua no espaço Desatando sentimentos No tempo, as horas não marcam Os instantes sonhados E, de sua luz, nascem pensamentos floridos Para perfumar a vida de amor.
Sem raízes, pode navegar sobre as águas Na terra fértil, sempre abre os braços Para proteger os apaixonados Que viajam além da imaginação Esculpindo, em letras A fonte de inspiração.
Poetas são anjos Fundindo corpo e alma Na eterna paixão.
Parabéns! Eis que me é concedido mais um dia Um dia de um novo ano que se inicia Inicia-se hoje, como iniciou-se há tantos anos... . Na dobra do tempo ainda encontro Minhas asas azuis suaves Da cor matinal que me aguarda... . E, é franco o sorriso brejeiro que ostento Sorrio na cor do gorgeio dos pássaros nas floridas primaveras de setembro... . Foi setembro que escolhi para voltar O inverno ja amainava e as primeiras flores Do hibisco, tímidas, sorriam entreabertas Ao fraco sol primaveril . Para que o tempo passe Entre o passado e o futuro Voltei da terra infinita. Cheguei na fria manhã com neblina...
Amanheci! . Ficarei - até vencer-se o prazo. E quando o Livro do Tempo fechar-se Voltarei ao meu elemento primaz Pó - da terra que me receberá!
Eu nunca quis... eu nunca precisei... Mas hoje, como eu gostaria de ter mais poder! Queria deter o mistério dos mandalas Desvendar o segredo da Flor de Ouro Encontrar o mapa, achar o tesouro...
Com os quatro elementos da natureza Eu seria vitorioso, com certeza! Fogo... água... terra... ar... Em qual deles estará oculta a magia Que a minha dor, eliminaria?!
Oh céus, é tão pouco o que eu preciso! Apenas ver brilhar de novo, um sorriso... Salamandra... socorre-me! Ensina-me o caminho, retira os espinhos Os pássaros não vivem sem ninhos!
E quando se entristecem, calados permanecem Voando de asas quebradas, um dia perecem... Que será de mim? Simplesmente... o fim? Sem esse canto, jogarei meu manto Deporei as armas... morrerei... sem pranto!
Mas o poder existe... eu sei que sim! Não foi outro, senão Deus, a ensinar pra mim Está no mar... no ar... está num doce olhar! Ele que planta em nossa alma, sementes coloridas E faz florir no coração, as brancas margaridas!
Mais uma vez, vou confiar, acreditar! Se eu convencer o fogo, a água, a terra e o ar Terei nas mãos, o sempre tão almejado poder! O grande segredo, que do poder é tutor São quatro letrinhas que dizem tanto... chama-se: AMOR!
Se és capaz de manter a tua calma quando Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa De crer em ti quando estão todos duvidando E para esses, no entanto achar uma desculpa Se és capaz de esperar sem te desesperares Ou, enganado, não mentir ao mentiroso Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares E não parecer bom demais, nem pretensioso
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires Tratar da mesma forma a esses dois impostores Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas Em armadilhas as verdades que disseste E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas E refazê-las com o bem pouco que te reste
Se és capaz de arriscar numa única parada Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada Resignado, tornar ao ponto de partida De forçar coração, nervos, músculos, tudo A dar seja o que for que neles ainda existe E a persistir assim quando, exaustos, contudo Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!”
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes E, entre reis, não perder a naturalidade E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes Se a todos podes ser de alguma utilidade E se és capaz de dar, segundo por segundo Ao mínimo fatal todo o valor e brilho Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo E o que mais - tu serás um homem, ó meu filho!
Satânico é meu pensamento a teu respeito E ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão Numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.
A noite era quente e calma e eu estava em minha cama Quando, sorrateiramente, te aproximaste Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor.
Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim E mordeste-me sem escrúpulos até nos mais íntimos lugares Eu adormeci...
Hoje, quando acordei Procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão Deixaste em meu corpo e no lençol Provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo para, na mesma cama, te esperar Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos Não haverá parte do teu corpo em que meus dedos não passarão.
Só descansarei quando vir sair, o sangue quente do teu corpo Só assim... livrar-me-ei de ti... Pernilongo F. P...!!!
Aqui te amo. Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento A lua brilha como fósforo sobre as águas errantes Andam dias iguais a perseguir-se.
Define-se a névoa em dançantes figuras. Uma gaivota de prata se desprende do ocaso As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas.
Ou a cruz negra de um barco Só. Às vezes amanheço, e minha alma está úmida.
Soa, ressoa o mar distante. Isto é um porto. Aqui eu te amo.
Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte. Estou a amar-te ainda entre estas frias coisas. Às vezes vão meus beijos nesses barcos solenes Que correm pelo mar rumo a onde não chegam.
Já me creio esquecido como estas velha âncoras São mais tristes os portos ao atracar da tarde Cansa-se minha vida inutilmente faminta.
Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante Meu tédio mede forças com os lentos crepúsculos Mas a noite enche e começa a cantar-me.
A lua faz girar sua arruela de sonho.
Olham-me com teus olhos as estrelas maiores. E como eu te amo, os pinheiros no vento querem cantar o teu nome, com suas folhas de cobre.
Quando falar sobre amor, finja nada conhecer, para absorver cada frase que brote do coração.
Quando falar sobre a dor, deixe abertas as janelas da alma para compreender que amor e dor são tão parecidos que até os confundimos, ao vê-los bem de pertinho.
Quando falar sobre a paz, faça-o no rumor da guerra, para ser ouvido na mais alta voz.
Quando falar de amizade, estenda a mão aos seus inimigos, para que possa provar a si mesmo aquilo que gosta de dizer aos outros.
Quando falar de fome, faça um minuto de jejum, para lembrar daqueles que jejuam todos os dias, mesmo sem querer.
Quando falar de frio, abrace alguém.
Quando falar de calor, estenda a mão.
Quando estender a mão, sustenha o braço para que perdure.
Quando falar de felicidade, acredite nela.
Quando falar de fé, cerre os olhos para encontrar a razão daquilo em que crê.
Quando falar de Deus, faça-o pelo silêncio do seu testemunho.
Quando falar de si mesmo, aprenda a calar, para entender o amor, a dor, a paz, os sonhos...
Ah quando tudo isso acontecer... será estupendo!
Quão bom e quão suave é que sejamos contemplados pelo amor...