quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Reminiscências


Hoje, serpenteando, como um rio,

Por vales, montanhas, flores e espinhos,

Confundo-me na correnteza

De minhas múltiplas existências...

.

Ávida, sem qualquer repouso,

Pesquisei o princípio e o fim,

Que permanece envolto em denso véu...

.

O incompreensível é tão monótono!

Agora percebo que nada importa

Neste mundo transitório,

E minh´alma se espalha

Nas diversas nuances da imensidão...

.

Numa retrospectiva, relembrando, vejo

Um oásis – que à minha lembrança –

É permanentemente verde,

Flores pela manhã e a noite,

Onde os pássaros fazem ouvir seus trinados.

.

Na matina o orvalho cintila

Como pétalas perfumadas

Aos meus pés.

.

E o rio de minha infância,

Onde as flores se miram,

Brinca, cristalino, nas matas,

No suave burburinho do amanhecer.

.

Olho-me, eu também, quero ver-me

Refletida nas águas do Rio Tereré,

E vejo, não as cãs brancas pelo tempo,

Mas a imagem de uma pequena flor do mato,

Que balança, suave, impelida

Pela brisa da manhã...

.

Do átomo que sou

Do grão de areia, do rochedo,

Do ar, da água, da flor, da ave,

Dos animais de todas as espécies,

De toda a atmosfera, de toda a terra,

Que circundam todos os caminhos

Completamos a Humanidade!

AUTORA: Delasnieve Daspet

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