terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Des... mascarada

Coloquei a máscara da vaidade
E saí a cantar pela Avenida:
Frevo, marchinha, samba enredo,
Que falam de Pierrô e Colombina.

Minha voz ecoou pela cidade
Desvencilhando emoção contida,
Libertando minh’alma do segredo
De amar sem ser amada – triste sina!

Súbito, um vulto cruza meu caminho
E, revelando a sua identidade,
Tira minha máscara, com carinho,
Revelando minha face sem maldade...

E beijando meus lábios com ardor
Foi falando baixinho ao meu ouvido:
- Sou teu poeta, vivo consumido,
Pela flecha de Eros – pelo amor!

Eliza Teixeira de Andrade

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