sexta-feira, 29 de junho de 2012


Na Imensidão...
Delasnieve Daspet
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Há milênios cheguei à Terra.
Eu -,  que sou pó e terra, 
Voltei para integra-la e nela 
Me diluir,  um dia. 
.
Para fazer parte do cosmo - 
Pó cósmico que sou,  
Voando como uma nuvem rosa em céu de anil, 
Ou ainda pairar na beira do cerrado, 
Carregada pelo vento sul que amaina 
As tardes de minha terra...
.
Cheguei, como todos, com o  assento  
Reservado na imensidão
Para viver os momentos dos mistérios 
Que compõem nossas almas
E nossas vidas... 
.
Cada momento  é um presente  reservado.
Cada encontro  é um  bálsamo que  acaricia
As dores d´alma com a doce melodia da poesia.
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Tudo é parte do ser humano que somos:
Alento, calor, carinho, amor e amizade.
Somos irmãos de caminhada.
.
A cruz nossa de cada dia  não será um peso
Mas um caminho, conquista, esperança,
Diante de tudo que destrói e agride.

DD_Delasnieve Daspet

quinta-feira, 28 de junho de 2012


QUEM SOU
(Carvalho Branco)

Sou, por dentro,
a paz e o tufão...
sinto, que quando entro
em mim, sou amor e sou paixão...

Sou tufão no momento
de desespero, de desafio...
sou então
corrente caudalosa de um rio,
a seguir com o vento,
na busca da imensidão
do oceano,
sem ter, na verdade, um plano,
em busca da solução...
O mar me acalma,
sou água, sou alma...
Emoção!...

Sou paz,
arauto da união...
do amor, sou guardião
e mais:
sou a brisa que refresca,
sou o que se colhe ou pesca
para a alimentação...
Sou o pão!
Sou água para a sede
e o meu sangue, em rede,
oxigena a mente
da população...
Sou o que o outro sente,
sou razão!...

Se sou bela ou feia,
que me diga aquele
que me leia
a alma, a mente, o coração...
Busco seguir minha missão.
Que minha palavra
seja sempre a d’Ele,
instrumento que lavra
o terreno de cada aldeão...
Que sejam sempre meus versos
portas abertas aos universos,
planos todos da Criação...
Integração!

Sou a paixão que não passa,
sou o ideal e a brava raça,
sou o amor em toda dimensão!
Sou só faísca da Chama, sou fração...
Sou aquela que ao Ser abraça,
à Natureza enlaça,
elo de corrente em vibração!...

sábado, 23 de junho de 2012

Sou Cigana, sou Mulher...
Vim cantar a beleza das flores.
Cheguei para perfumar, para conquistar.
Acenderei o fogo. Dançarei para o vento.
Alegria, alegria...
Sou sedução. Sou pura paixão.
Minha estrada é seguir meu coração.
Danço a minha canção.
Prisão para mim não existe,
sou cigana, sou livre...
Carrego a força da natureza em minha alma.
Caminho em direção ao vento.
Amo. Seduzo.
Não me prendo a esse mundo.
Caminho com as estrelas.
Meus olhos brilham como o sol.
Meu corpo dança, balança e encanta.
Minha maior alegria é a vida.
Minha liberdade é valiosa!
Trago o Universo em mim.
Sou mistério.
Viajei um Universo profundo.
Com meu pandeiro elevo aos céus.
Sou mensageira. Sou cigana. Sou mulher. 

(Cigana Sharmayla)

terça-feira, 12 de junho de 2012

A barca

Carlos Alberto Costa Teixeira
BOA NOITE !!!!!!!!!!!!!!!!!

A BARCA

Dizem que à distancia a gente esquece

Mas eu não aceito essa razão

Porque eu seguirei sendo o escravo

De teus caprichos, de teu coração

Soubeste iluminar meus pensamentos

Me deste a verdade que sonhei

Afaste de mim os sofrimentos

Desde a primeira a noite que te amei

Hoje a praia se veste de amargura

Porque teu barco breve vai partir

Vai singrar outros mares de loucura

Cuida que não naufrague teu viver

Quando a luz do sol for se apagando

E te sintas cansada de vagar

Lembra que eu por ti estarei esperando
Sempre que tu decidas regressar
Dizem que à distância a gente esquece

Mas eu não aceito essa razão

Porque eu seguirei sendo o escravo

De teus caprichos, de teu coração

Soubeste iluminar meus pensamentos

Me deste a verdade que sonhei

Afaste de mim os sofrimentos

Desde a primeira a noite que te amei

Hoje a praia se veste de amargura

Porque teu barco breve vai partir

Vai singrar outros mares de loucura

Cuida que não naufrague teu viver

Quando a luz do sol for se apagando

E te sintas cansada de vagar

Lembra que eu por ti estarei esperando

Sempre que tu decidas regressar.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Rosas vermelhas

Como tecidas em veludo, 

Feito por ágeis mãos,
São estas rosas vermelhas
Do meu jardim,
Cujas pétalas se desfolham, 
Com o soprar do vento,
Caindo pelo chão...
Como se de um amor se tratasse
E estivesse a chegar ao fim!

Piso esse tapete vermelho,
Feito de pétalas de rosa
Que ao se desfolharem murcharam,
Esfarrapadas pelo vento,

Perderam a cor e o cheiro...
Que outrora 
Minhas lágrimas molharam,
Mas logo voltam a florescer, 
E aos poucos desabrocharão!

Rosas vermelhas com seus espinhos,
Criam dor e incerteza,
Meus olhos tímidos e inertes olham,
Maravilhados o ciclo próprio, 
Desta natureza!


(Ferreira Naná)